O caminhoneiro Jeferson Alves Soares, que atropelou um casal de motociclistas e os arrastou por cerca de 30 quilômetros na BR-101, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado em julgamento realizado nesta quinta-feira, 09, em Itajaí. Entre as vítimas, Sandra Pereira, de 47 anos, morreu. Seu marido, Anderson Pereira, de 49 anos, sobreviveu.
O júri popular começou na manhã desta quinta-feira e seguiu até 19h. Sete pessoas foram responsáveis por analisar o caso e definir a sentença.
O Ministério Público estava representado pela promotora Cristina Balceiro da Motta, da 8ª Promotoria da Comarca de Itajaí. O advogado Ruan Palhano foi responsável pela defesa.
A condenação abarca quatro crimes: tentativa de homicídio doloso relacionado a Anderson (8 anos), homicídio simples de Sandra (6 anos), fugir do local do crime (6 meses) e dirigir sob embriaguez (6 meses). Soares ainda pode recorrer da sentença.
O caminhoneiro foi preso em flagrante no dia do crime, 6 de março de 2021. Ele é do Rio Grande do Sul e disse à polícia que voltava de uma viagem a São Paulo. Na ocasião, o condenado estava sob efeito de entorpecentes e arrastou a moto desde Piçarras, passando por Itapema e sendo parado em Balneário Camboriú.
Relembre o acidente
O acidente ocorreu na tarde de sábado, 6 de março, no sentido Sul da BR-101, em Penha. O caminhão e a moto em que estava o casal se chocaram e o motorista do veículo fugiu do local. Sandra, que estava na garupa, caiu e foi levada de helicóptero ao hospital em estado grave, mas não resistiu.
Já Anderson foi arrastado junto com a moto pelo caminhão. Ele conseguiu subir até a cabine, onde ficou pendurado por mais de 30 quilômetros até que o caminhoneiro parasse, já em Balneário Camboriú. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista só parou após outro caminhoneiro fazer o caminhão reduzir a velocidade e puxar a mangueira de ar dos freios.
Após a parada, o caminhoneiro foi retirado à força do veículo por pessoas que assistiram à cena. Vídeos mostram ele sendo hostilizado e agredido antes de ser levado à delegacia pela Polícia Militar.
Fonte: WH3