No último sábado, 17 de agosto, a patronagem do CTG Querência Xucra, promoveu um grande fandango para comemorar uma data mais do que especial para a entidade: Os 50 anos de fundação do CTG Querência Xucra. O CTG ficou completamente lotado de tradicionalistas de Tucunduva e região, que compareceram para comemorar a data especial e também para assistir a um dos melhores conjuntos de música gaúcha de todos os tempos, “Os Monarcas”. O fandango foi o marco de uma história linda, de cinco décadas de muita dedicação de abnegados voluntários tradicionalistas que persistiram no propósito de criar e manter em Tucunduva uma entidade voltada a preservar a cultura e os costumes do Rio Grande. 50 anos após a sua fundação, o CTG Querência Xucra se tornou uma das principais sociedades do município, sendo um baluarte da cultura e do esporte local, além de ser um espaço destinado a realização de eventos sociais e ponto de encontro de amigos e tradicionalistas.
Como foi fundado o CTG Querência Xucra
Tudo começou naquele 08 de agosto de 1974, quando um grupo de pessoas se reuniu para dar início ao que se tornou o Centro de Tradições Gaúchas Querência Xucra, tendo como primeiro Patrão o Sr. Dionisio de Souza, que na época respondia como Delegado de Polícia em Tucunduva. Inicialmente buscaram pessoas com os mesmos interesses dos seus, e obtiveram grande êxito, uma vez que desde logo foram mais de 100 famílias interessadas, como é possível confirmar no livro de assinaturas da primeira ata, quando então buscaram um local para ensaios e encontros de seus filhos.
As primeiras reuniões foram realizadas na residência de alguns sócios, e depois, quando deram início aos ensaios de danças, esses eram realizados na academia da Professora Mara Mazzardo. no Salão Paroquial e no Clube Comercial. Mais tarde foi construído um “borralho” nos fundos do ginásio de esportes, onde faziam reuniões e alguns pequenos encontros. Devido ao espaço reduzido do local para eventos maiores usavam ou o Salão Paroquial ou o Clube Comercial.
No ano de 1988 decidiram dar início a construção da sede própria, contando com o apoio da comunidade e especialmente dos sócios então integrantes da entidade, que doaram grande parte do material utilizado para a construção, assim como de mão de obra, que inicialmente foi feita pelo Sr. Nelcir Buligon, e sua equipe, com a ajuda de outros sócios, a quem a entidade deve gratidão imensa.
Tudo foi construído ao longo de um bom tempo, com o esforço de todos os sócios, alguns mais e outros menos.
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- Primeiro Patrão do CTG, Dionizio de Souza e a 1ª Invernada Artística em 1975 – Acervo de Décio Kinast
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- Comitiva do CTG Querência Xucra em um fandango em Santa Rosa no início da década de 80
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- 1ª Patronagem e Invernada em um Baile em Esquina Tucunduva na década de 70 – Acervo de Décio Kinast
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- Apresentação da Invernada Artística no Dia da Mães no Salão Paroquial – Acervo de Décio Kinast
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- Início da construção do CTG
Atualmente uma entidade forte mas ainda com muito trabalho para se manter
Quem vê a estrutura atual do CTG Querência Xucra, talvez não consiga mensurar o trabalho que as patronagens passadas tiveram para edificar esta sociedade e torná-la forte e importante para a comunidade. A atual Patroa, Marines, ao lado do marido Silvio Seger, atua há muitos anos na patronagem e como sócia do CTG, e dá seu depoimento sobre as dificuldades de gerir o CTG.
“Eu costumo falar e agradecer imensamente aqueles que colocaram isso tudo de pé, pois nos tempos atuais, precisamos de muito empenho e dedicação para manter a estrutura com reformas e pequenos reparos. Se fosse para começar hoje, tenho muitas dúvidas sobre se seria possível. Me parece que em algum momento as pessoas se doavam mais, assim como doavam mais bens materiais, eram mais desapegadas e auxiliavam muito mais financeiramente. Repito, só pra mantermos tudo atualmente, encontramos grande dificuldade, imagina construir isso tudo”, comenta a Patroa.
O Patrão Sílvio explica que assim como a edificação do prédio, a entidade contou com valorosos voluntários que se preocuparam em cuidar do pátio, arborizar e outras serviços de manutenção. “São serviços que continuamos fazendo, através de podas, de remoção de árvores com problemas, plantio de novas mudas, tudo para valorizar aqueles que deram inicio a tudo isso que temos aqui. Sem vocês nada disso seria possível”, conclui o Patrão.
Voltando no tempo, um dos setores mais importantes ao longo dos anos no CTG são as “Invernadas Artísticas”. Os primeiros instrutores de dança foram Décio Kinast e Maristela dos Santos, a quem o CTG deve imensa gratidão. Também importante citar a fundação do Piquete Crinas ao Vento e mais tarde o Piquete Querência Xucra, este atuante até os dias de hoje. Com tantas lembranças e agradecimentos, é fundamental que se ressalte a importância do trabalho realizado por todas as patronagens que passaram pelo Querência Xucra nestas cinco décadas. A todos os Patrões e integrantes das patronagens, a gratidão do CTG Querência Xucra.
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- Casal de Patrões, Sílvio e Marines Seger
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- CTG é um baluarte da Cultura e dos costumes gaúchos
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- Antiga Invernada Artística
Patrões
Dionisio de Souza e esposa
Anildo Fredo e Esposa
Ernani Rafalski e Esposa
Milton Conzatti e Esposa
Danilo Ordakoski e Esposa
Aldino Stumm e Esposa
Ana Stochero
Delmar Calza e Esposa
Marcos Escobar e Esposa
Amarante Dos Santos e Esposa
Luiz Aliceu Bastiani e Esposa
Unirio Burin e Esposa
Arnildo Pinto e Esposa
Silvio Alberto Seger e Esposa
