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Em caso raro, assistente social de 56 anos na menopausa tem 1ª filha: ‘Sonho de vida’

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Após nove meses de gestação, Beatriz veio ao mundo na manhã dessa quinta-feira (16) em uma maternidade em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mãe é a assistente social Andrea de Cássia Almeida.

Poderia ser a história de um parto e um nascimento como tantos outros, não fosse um detalhe: ela decidiu se tornar mãe quando já estava na menopausa e foi realizar seu sonho aos 56 anos.

“É um sonho de uma vida que estou realizando”, disse ao g1 Minas, por telefone, enquanto se recupera da cesariana em sua casa, na região da Pampulha. “Ainda estamos em processo de reabilitação da cirurgia. Não posso me levantar, por causa do resguardo, mas está tudo ótimo!”, completou, feliz.

Um dos médicos responsáveis pelo parto, o obstetra Hemmerson Magioni, destacou que é raro a gravidez de mulheres acima dos 50 anos. “Quando o desejo de ter um filho surgiu, ela já estava na menopausa, já não menstruava, não era fértil”, disse.

Apesar dos riscos, ele contou que a paciente recebeu todos os cuidados preventivos para que fosse uma gravidez saudável.

Segundo ela, a sua primeira gestação foi “extremamente tranquila”. “Nem enjoo eu tive acredita?”

‘Com a pessoa certa’

Andrea resolveu ser mãe no momento que ela chama de “o mais interessante” de sua vida e “com a pessoa certa”.

“Estou vivendo o momento mais interessante da minha vida. Já passei por várias etapas, pude me consolidar profissionalmente e, agora, com a pessoa certa, quero viver essa plenitude em família”, disse ela.

Foi em 2020 que ela iniciou, em uma clínica de Salvador (BA), o processo de fertilização in vitro.

O tratamento de reprodução humana consistiu na fecundação em laboratório de um óvulo doado com o espermatozoide do marido, formando assim o embrião, que depois foi transferido para o útero de Andrea.

O médico conta que, a partir da 12ª semana de gestação, Andrea não precisou usar reposição de hormônio para gravidez seguir adiante. A placenta assumiu todas as funções.

“É emocionante ver a capacidade do corpo da mulher de se transformar para gerar uma vida. Estamos felizes, porque é um caso raro e desperta reflexões: é uma história inspiradora para mulheres acima dos 40 anos que têm o sonho de ter filhos”, disse ele.

E a mãe de Beatriz, mesmo em resguardo, já pensa em uma companhia para a primeira filha. Andrea ainda mantém um embrião congelado e já planeja a segunda gravidez.

“Hoje temos a medicina avançada, que nos permite realizar nossos sonhos”.

Fonte: G1

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