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Jader Silva: A centenária árvore que um dia foi parquinho de diversão…

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Esta semana ao visitar dois amigos em um sítio na nossa cidade, me deparei com algo nostálgico e encantador…

Relatos que emocionam ,de uma história que ainda permanece viva, escrita ao longo do tempo.

Ao caminhar com os amigos Ildo e Urso por aquele sítio, “proseando” como se diz no nosso interior, ouvindo histórias que sim , são raras hoje em dia, eu fiquei um tanto quanto emocionado…

São histórias simples, como a estranha lógica das vacas hehe , caminhando sempre em uma trilha uniforme, perfeita, desenhada na terra de forma impressionante , eventualmente deslocando a trilha mais para cima ou mais para baixo ,uma linha tão bem feita que desafia a própria física hehe , algo que permanece décadas marcadas no solo e que se não fosse explicada pelos amigos, passaria aos meus olhos , certamente despercebido!!!

Dentre os “causos” contados nessa prosa casual, o açude, que  em outrora estava cheio d’água, com muitos peixes e hoje quase esquecido naquele belo lugar , em cada época uma história diferente,  desde o tamanho da “traíra” gigante (e nem é História de pescador) até a as “jararacas” que por ali se escondem…

Logo adiante uma árvore gigante,  frondosa e também centenária ,chama a atenção, está ali imponente e para os avós e bisavós servia de playground, afinal não havia nessas épocas nada eletrônico, tudo tinha um toque de verdadeiro e natural!!!

Caminhando por ali o amigo “Urso” e o Ildo contam que  “potreiro” que em outros tempos fora o campinho de futebol, mas ao longo dos anos com o crescimento da roça, a terra se deslocou do barranco e  mudou a geografia daquele campinho que agora de tão íngreme não serve mais para a prática de esportes!!! O “causo” das enchentes de décadas e décadas atrás que trouxe peixes quase até o galpão, “,dava pra pegar aqui na árvore” relatam os amigos.

Enfim são histórias e mais histórias que dificilmente voltam ou podem ser reescritas…

Aqueles esteios do galpão caídos, ditos pelo proprietário que não duraram muitos dias…

E aí eu respondo:

– Se caiu É porque tem história!!!

Chegando já na sede do sítio um sentimento de esperança brota em nosso peito, entrando no galpão o proprietário mostra aquelas pranchas de um “Pinheiro” Centenário que precisou ser derrubado,  poderiam ter  sido vendidas, mas pelo contrário, estão ali , armazenadas com todo capricho, talvez para servir de ornamentação em uma mesa de centro ou uma mesa de jantar rústica para o quiosque de um filho, neto ou sobrinho…

Chegando já quase na saída do sítio, um relato que remete um pouco de tristeza e até de preocupação, a casa da “nona” que agora, já não está mais cheia de netos e filhos ,naqueles jantares barulhentos onde todo mundo falava ao mesmo tempo , afinal a nona já não está entre nós…

A preocupação do proprietário com a casa da outra nona que talvez logo adiante no tempo de Deus também ficará vazia ,óbvio esses relatos poderiam apenas ser de nostalgia e recordação, mas andando um pouco adiante naquele sítio de uma história centenária e real , nos limites da terra , vejo uma construção nova já em fase avançada e pergunto: quem vai morar ali…

E ouço do amigo a seguinte frase: esta casa é da minha filha…

Momento em que olho para o lado e vejo o netinho do amigo “urso”, correndo por ali “livre” e seguro ,um no colo da vó,  doido para brincar pelo chão ,o cachorrinho que leva o nome de “pipoca”, criado com todo amor e carinho , justamente para os netos brincarem…

É, talvez daqui uns anos restarão pouquíssimos locais assim!!!

Mas aqui em Tucunduva o urso e o Ildo e suas lindas famílias mantém quase que intacto essa história viva passada de pai para filho, e que eles sabem bem,  nenhum dinheiro no mundo ou qualquer tesouro pode  chegar aos pés do valor que isso tem, e está ali muito bem preservado….

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