Pouco mais de dois meses após renunciar ao mandato de governador, Eduardo Leite deverá anunciar na próxima segunda-feira (13) a pré-candidatura à reeleição. Com o ato, ele entrará oficialmente na corrida ao Palácio Piratini no lugar do atual governador, Ranolfo Vieira Júnior.
O presidente do PSDB gaúcho, deputado Lucas Redecker, confirmou que a executiva estadual do partido se reunirá na segunda, em Porto Alegre, ao meio-dia. Para as 13h, foi marcada uma entrevista coletiva, na qual deve ocorrer o anúncio oficial. O ato será na sede do PSDB gaúcho, no centro da Capital.
Redecker, entretanto, deixa em suspense o teor do anúncio na coletiva:
— A possibilidade da definição é muito grande. O Ranolfo hoje é nosso pré-candidato, e eles estão conversando. A partir da reunião, a tendência é de termos a decisão.
Leite e Ranolfo têm conversado com frequência, e o governador sempre disse que não seria empecilho caso o antecessor decidisse concorrer ao cargo novamente.
Desde o final de abril, quando desistiu oficialmente de disputar a indicação do PSDB para concorrer a presidente, Leite tem percorrido o Estado para “defender o legado” de seu governo. Na prática, cumpre agenda de pré-candidato, inclusive ofuscando Ranolfo em eventos nos quais ambos participam.
Com o provável anúncio de Leite, crescerá ainda mais a pressão sobre o MDB para que a sigla apoie a candidatura do tucano. Até o momento, a legenda mantém a pré-candidatura do deputado Gabriel Souza ao Palácio Piratini.
Redecker avalia que uma aliança entre os dois partidos seria “muito importante para o Rio Grande do Sul”:
— Não podemos tirar a legitimidade do MDB em apresentar candidatura. Agora, entendemos que os partidos que estiveram na base dos governos Eduardo Leite e Sartori devem dar continuidade ao trabalho de reestruturação do Estado.
Em entrevista concedida em Pelotas, nesta quinta-feira, Leite evitou mais uma vez confirmar que é pré-candidato, disse que o PSDB está em seu “momento de decisão” e falou sobre o diálogo com o MDB.
— É legítimo que cada um tenha aspiração pessoal, é legítimo que cada partido tenha sua aspiração de protagonizar, mas é importante que a gente consiga um entendimento para fortalecer o projeto (de governo) —afirmou.
Fonte: GZH – Paulo Egídio e Rosane de Oliveira