Com a publicação da Lei que institui o novo piso da Categoria da Enfermagem aprovado recentemente, instituições calculam impacto de quase R$ 950 milhões ano. A rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS estará reunida em Assembleia Geral Extraordinária amanhã (11 de agosto), a partir das 9h, no Hotel Continental em Porto Alegre. A pauta única é a aplicação do novo piso da Enfermagem, que implicará no impacto anual de quase R$ 950 milhões/ano.
As entidades alegam não ter previsão de recursos extras para o cumprimento do novo piso. Em nota publicada hoje as 247 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, responsáveis por mais de 70 das internações SUS e 80% dos atendimentos Cardiologia SUS no RS, afirmam que “entrarão em colapso financeiro, prejudicando a assistência à saúde da população do Estado, tendo em vista a inevitável necessidade de diminuir suas estruturas de leitos e profissionais”.
Desta Assembleia será extraído um documento a ser entregue às 11h no Palácio Piratini, para o Chefe da Casa Civil, Artur Lemos e Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, explicitando a grave e urgente situação da maior rede de hospitais do RS.
De acordo com o texto promulgado, a remuneração mínima de enfermeiros deverá ser fixada em R$ 4.750,00, 70% deste valor para técnicos e 50% para auxiliares e parteiras. Os pisos salariais deverão ser aplicados por todos os setores até o início do próximo exercício financeiro.
A Administradora do Hospital Dr. Osvaldo Teixeira de Tucunduva, Maurise Terra, irá a Porto Alegre para participar da Assembleia. Ela confirma as dificuldades e que a aplicação do novo piso é um novo item a dificultar a manutenção de hospitais filantrópicos como a Associação Hospitalar Tucunduva e Novo Machado.
Em Tuparendi a Administradora do CAMS / Hospital de Tuparendi, Tânia Liedtke, não poderá participar da Assembleia devido outros compromissos inadiáveis, mas admite que este novo baque irá dificultar ainda mais a já combalida situação do Hospital. Em abril deste ano a direção informou que o Hospital vinha trabalhando com um déficit mensal na ordem de R4 50 mil mensais.