27.58°C Tuparendi

Por que a Região Noroeste concentra mais casos e mortes por dengue no RS?

COMPARTILHE

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email
Compartilhar no telegram
Compartilhar no twitter
dengue

O noroeste gaúcho registra grande incidência de casos e mortes de dengue nos primeiros meses deste ano. Dos oito óbitos registrados no Rio Grande do Sul em 2024, seis estão na região. O mais recente ocorreu em Frederico Westphalen na última segunda-feira (26). Mas é Tenente Portela — município com pouco mais de 14 mil habitantes — onde há o maior número de mortes: três no total. Já em Cruz Alta e Santa Rosa há um óbito confirmado em cada município.

Segundo dados do painel da dengue no RS, até esta quinta-feira (29), Tenente Portela confirmou 1.394 casos. Santa Rosa, com 77 mil moradores, tem mais de 800  confirmações da doença, e em Cruz Alta (59 mil habitantes) são 26 testados positivo para a doença.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, historicamente, o Noroeste apresenta a maior incidência para casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Essa característica se explica pelas condições de ambiente favoráveis pra proliferação do mosquito.

— Ele (Aedes) se instalou, se adaptou inicialmente melhor nesta região, então foi onde começou. E não só para a dengue, mas para as outras arboviroses — reforça Juliane Fleck, epidemiologista da Feevale.

Esse ambiente favorável é constituído pela presença de muitas áreas verdes, com acúmulo de água e calor. Como desde o ano passado há atuação do fenômeno El Niño, com altas temperaturas e enchentes, os fatores se intensificaram.

Em 2021 e 2022, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou uma pesquisa para verificar se as populações de mosquitos Aedes do Noroeste se diferenciavam das de outras áreas do Estado. O resultado obtido é que não há diferenças entre essas populações, ou seja, os mosquitos do Noroeste passam tanta dengue quanto os de outras regiões do Estado.

No entanto, o contexto ambiental favorável fez com que o ciclo de reprodução do mosquito se reduzisse, aumentando a quantidade, conforme explica Alessandra Morassutti, bióloga e professora da Universidade de Passo Fundo (UPF):

— Quanto mais quente fica, é mais fácil para o mosquito acelerar o seu metabolismo. Aumenta a sua capacidade reprodutiva em uma semana. Então, na verdade, o que demorava 15 dias, quando é verão, calor e tem bastante água disponível, passa para ser uma semana, oito dias. Isso é um fator que proporciona que o mosquito esteja mais disponível no ambiente. E é por isso que a transmissão pode ocorrer com mais facilidade.

 

Os sintomas de alarme da dengue são:

  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Vômitos persistentes ou recorrentes
  • Sangramento de mucosas (nariz/gengivas)
  • Sangramento menstrual intenso
  • Tonturas ou sensação de desmaio
  • Sonolência excessiva ou irritabilidade
  • Diminuição da produção de urina
  • Pele pálida, fria e úmida
  • Dificuldade respiratória
  • Dor no peito ou dificuldade para respirar

Orientação da SES para a população gaúcha:

  • Tomar água para se manter hidratada
  • Revisar interna e externamente as áreas da residência, ao menos uma vez por semana, colocando fora objetos que acumulem água
  • Procurar um serviço de saúde diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com dengue e na ocorrência de sinais de alarme
  • Usar repelente para sua maior proteção

Informações GZH

 

COMPARTILHE

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email
Compartilhar no telegram
Compartilhar no twitter

últimas notícias

veja também

Leave A Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Shopping Basket