Inserida no contexto de defesa sanitária vegetal, a palestra “Cigarrinha-do-Milho e complexos de enfezamento” reuniu mais de 90 pessoas entre agricultores e técnicos de Tucunduva, Horizontina e Três de Maio, na última sexta-feira (30/06), com orientações sobre o controle desta que é a principal preocupação fitossanitária dos produtores de milho. O evento, promovido pela Emater/RS-Ascar e Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura, com o apoio da Feira da Indústria, Comércio, Agropecuária e Música (Feicam 2023) e outras empresas ligadas ao agronegócio, trouxe ao salão da comunidade de Esquina Tucunduva o palestrante Dionei Schmidt Muraro, doutor em Entomologia pela Universidade de São Paulo (USP) e agrônomo da Corteva Agroscience.
A cigarrinha continua exigindo monitoramento constante. As plantas atacadas pela cigarrinha Dalbulus maidis apresentam menor desenvolvimento, encurtamento de entrenós, folhas com coloração pálida, avermelhada ou com riscas cloróticas (enfezamento pálido, enfezamento vermelho e risca do milho, respectivamente) e emissão de múltiplas espigas.
A palestra conduzida por Muraro apresentou estratégias de controle da cigarrinha, que em altas populações causa danos diretos às plantas através da sucção de seiva, ação tóxica da saliva e lesões que favorecem a penetração de fungos. Os danos indiretos também preocupam em função da transmissão dos patógenos causadores das doenças, mesmo em populações menores, e que irão manifestar sintomas somente na fase reprodutiva, de formação e enchimento de grãos.
Entre as recomendações está a escolha de cultivares mais tolerantes às doenças; monitoramento e tratamento das lavouras nos estágios iniciais; aplicação de inseticidas biológicos e/ou químicos recomendados por profissional habilitado; tratamento de sementes com inseticidas; controle das plantas de milho voluntárias e rotação de ingredientes ativos para evitar desenvolvimento de resistência.
Crédito da foto: Rosália Forigo – Emater/RS-Ascar